Retentores

retentores

 

Os retentores têm como função reter óleos, graxas e outros fluídos que devem ser contidos no interior de uma máquina. Além disso, evita também a entrada de impurezas externas, como: terra, areia, poeira, etc. São utilizados nos mais variados segmentos, desde carros, caminhões, motocicletas, máquinas agrícolas, até eletrodomésticos, aviões e máquinas industriais.

O retentor é aplicado entre duas peças que se movimentam. Ele cumpre a função vedação tanto na condição estática, quando a máquina está parada, quanto na condição dinâmica, quando está em movimento. A vedação se dá pelo contato permanente que ocorre entre a aresta do lábio de vedação e o eixo da máquina. É preciso que haja também a vedação entre a parte externa estrutural do vedador e carcaça.

 

 

Componentes dos retentores

 

Basicamente, os retentores são formados por uma carcaça metálica, podendo ser revestida ou não por uma camada de borracha e acrescentado ou não uma mola de pressão. Partindo do lábio convencional, pode-se obter uma vedação mais eficiente adicionando nervuras moldadas ao ângulo de ar, proporcionando o efeito hidrodinâmico.

O efeito hidrodinâmico promove o refluxo ao óleo que tenha ultrapassado a aresta de vedação, conferindo ao lábio uma maior capacidade para estancá-lo. Esse efeito promove ainda uma maior durabilidade, por garantir uma lubrificação permanente na área de contato sob a aresta de vedação.

São componentes dos retentores:

  • Lábio retentor: É a vedação principal, responsável por reter o fluído quando o eixo está na condição estática ou dinâmica.
  • Mola: Tem a função de compensar a carga radial exercida sobre o eixo. Caso não existisse a mola, através da temperatura, a borracha seria moldada ao eixo provocando o vazamento do lubrificante.
  • Vedação auxiliar: É o guarda pó do retentor que tem a função de proteger a vedação principal da sujeira e outros elementos.
  • Diâmetro externo: Proporciona a interferência entre o alojamento e o retentor. Eles podem ser com revestimento de borracha liso, revestimento de borracha ondulado, metálico, metade borracha / metade carcaça ou com pintura emborrachada.
  • Carcaça: Fornece a estrutura ao retentor para suportar seu perfil e também para a montagem do alojamento.
  • Costas: Função de apoio para dispositivos de montagem e como indicador do sentido da rotação.

 

 

Recomendações e cuidados

 

A causa mais comum de falhas dos retentores consiste em danos produzidos durante o manuseio, estocagem ou montagem. É sempre importante manusear os retentores com o máximo de cuidado. Veja a seguir as recomendações e cuidados quanto às condições de montagem e armazenamento:

  • Armazenamento: Durante o período de armazenamento, os retentores deverão ser mantidos na própria embalagem, em local limpo e de forma apropriada. A temperatura média recomendada é entre 10 a 40°C, livre de contaminações e manipulações desnecessárias que possam danificá-los.
  • Manipulação do retentor: Ao ser desembalado, recomenda-se todo o cuidado possível para não tocar desnecessariamente no lábio de vedação, pois pode provocar deformações ou disposição de elementos estranhos na aresta de vedação.
  • Pré-lubrificação do retentor: Para garantir uma instalação perfeita, recomenda-se pré-lubrificar o lábio do retentor, no próprio fluído da aplicação, mantendo-o em recipiente apropriado e perfeitamente protegido de contaminações externas.
  • Montagem do retentor no alojamento: A prensagem do retentor na sede deverá ser feita mediante o uso de uma prensa mecânica ou hidráulica, utilizando dispositivos apropriados que atendam as seguintes recomendações: Deve-se garantir uma perfeita pré-centralização do retentor, de modo que o mesmo seja prensado na disposição correta do alojamento; A superfície de apoio no dispositivo do retentor deverá estar o mais próximo possível do diâmetro externo, de modo a evitar deformações no ato da prensagem; De forma alguma o dispositivo deve danificar o lábio de vedação.
  • Montagem do retentor no eixo de trabalho: Não havendo possibilidade de chanfrar ou arredondar as superfícies do eixo, ou então, no caso dele ter que passar obrigatoriamente por uma região irregular, recomenda-se o uso de uma luva de proteção para o lábio. É importante que as luvas estejam com as superfícies externas bem polidas, limpas e livres de danificações ou arestas vivas, provocadas por batidas durante o manuseio.
  • Substituição do retentor: Sempre que houver a desmontagem de um agregado, por qualquer motivo que implique na desmontagem do retentor ou do eixo de trabalho após o uso, recomenda-se a reposição por um novo. Quando a substituição do eixo não for possível, a aresta de vedação do novo retentor não deverá trabalhar na mesma pista deixada pelo retentor anterior. Sempre se deve montá-lo deslocado para o lado inferior, observando se o eixo está em perfeitas condições.

 

 

Quais produtos devem ser vedados?

 

Os produtos a serem vedados podem ser pastosos, líquidos ou, em casos excepcionais, gasosos. Trata-se, principalmente, de lubrificantes, como óleos e graxas. Líquidos de trabalho com óleos hidráulicos, líquidos de pressão dificilmente inflamáveis e até óleos de silicone, com poucas características de lubrificação, também podem ser produtos a serem vedados.

Em casos excepcionais, devem ser vedados produtos agressivos com baixa característica de lubrificação como, por exemplo, solventes orgânicos ou produtos químicos agressivos como ácidos e lixívias. O produto é que determina a vedação do composto e a versão de vedação. Os efeitos químicos dos produtos sobre os compostos também têm influência decisiva. Assim como todas as reações químicas, esses processos são acelerados por temperaturas elevadas. As matérias-primas de vedação podem amolecer ou endurecer sobre influência dos produtos.

 

 

Temperatura

 

A temperatura do ambiente a ser vedado determina o material a ser empregado. O calor causa um envelhecimento rápido do material, fazendo o retentor perder sua propriedade elástica e capacidade de vedação.

Cada aplicação trabalha com determinada temperatura. A temperatura também está relacionada diretamente ao local de trabalho, por exemplo, um veículo que trafega o tempo todo no trânsito intenso das grandes cidades, a dissipação do calor é menor. Ao contrário desse exemplo, os veículos que trafegam em rodovias, em função de sua velocidade, a dissipação do calor é maior.

 

 

Borrachas para retentores

 

Para a aplicação dos retentores, o uso correto do tipo de borracha é um dos fatores fundamentais que garantem a eficiência dos retentores. As borrachas podem ser:

  • Nitrílica: Utilizados em cubos de rodas leves, eixo piloto de câmbio, pinhão do eixo traseiro, entre outros. A temperatura máxima para vedar óleo de moto, câmbio e eixo é de 110ºC, enquanto para vedar graxa é de 90°C.
  • Poliacrílica: Possui uma resistência térmica superior à nitrílica, conferindo uma durabilidade significativamente maior. É aplicado em locais com temperatura mais elevada onde existam óleos aditivados, como retentores da dianteira de motores, tais como: comando de válvulas e saídas de câmbio. A temperatura máxima para vedar óleos, câmbios e eixos é de 120°C, enquanto para vedar óleos de motor é de 130°C.
  • Silicone: É aplicado em condições especiais, geralmente câmbios automáticos e alguns retentores de motor. Tem uma boa resistência térmica, mas requer cuidados especiais no manuseio devido à sensibilidade de seu canto de vedação. A temperatura máxima para vedar óleo de câmbio automático é de 130°C, enquanto para vedar óleo de motor é de 150°C.
  • Viton: É o material mais nobre da linha de borracha para retentores. Resiste a todos os óleos e suporta temperaturas extremamente elevadas. A temperatura máxima para a vedação de motor, câmbio e eixos motrizes é de 180°C.
  • Politetrafluoretileno: Menos agressivo ao eixo, dispensa o uso de mola e se comporta muito bem em relação a todos os óleos, inclusive óleos com base sintética. Suporta temperaturas acima de 200°C e não requer pré-lubrificação.

 

 

Retentores em Curitiba

 

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